
- por Raphaela Vieira
Depois do sucesso estrondoso da primeira temporada, The Last of Us retorna com ainda mais peso emocional, dilemas humanos e momentos que prometem ficar na memória de quem assiste — mesmo (ou especialmente) quem nunca jogou. A nova temporada vai adaptar os eventos do segundo jogo da franquia, conhecido por ser ainda mais ousado, intenso e divisivo. Mas calma: você não precisa ter jogado nada pra embarcar nessa nova fase da história. A série continua acessível para todos, com produção de altíssimo nível e atuações que ganham nossos corações.
Vem com a gente saber o que esperar desta segunda temporada que estreia hoje (13 de abril) às 22h na Max, e claro, sem spoilers!
Ellie mais velha, mais forte, mais complexa

A personagem que conhecemos como uma adolescente sarcástica e resiliente agora enfrenta uma nova fase da vida. Os eventos da primeira temporada deixaram cicatrizes, e a Ellie que veremos agora será mais complexa, precisando lidar com as consequências do passado e com decisões difíceis pela frente. A jornada dela se torna mais íntima e também mais explosiva.
Novos personagens, novas perspectivas

A história se expande de forma profunda, mergulhando em territórios emocionais e narrativas ainda mais complexas. Seremos apresentados a novos rostos — personagens que, em meio ao caos, trazem não só momentos de alívio e esperança, mas também situações intensas que prometem mexer com as emoções do público. Cada encontro carrega camadas de significado, revelando histórias de perda, sobrevivência e escolhas difíceis.
A série também deve explorar diferentes pontos de vista, nos fazendo repensar certezas e questionar as atitudes de cada personagem. Mesmo tendo como base uma lógica tradicional do “bem contra o mal”, teremos uma história cinzenta, onde todos têm suas motivações, traumas e justificativas. Essa abordagem dá origem a debates morais complexos, que vão te fazer repensar nos acontecimentos após cada episódio. A segunda temporada de The Last of Us não terá respostas fáceis — e é justamente isso que torna a história tão boa.
Prepare-se para conhecer Dina, uma jovem que passa a ter um papel essencial na trajetória de Ellie. Desde os primeiros momentos em que aparece, ela demonstra iniciativa, firmeza e uma conexão sincera. A relação entre as duas se desenvolve aos poucos. Dina acompanhará Ellie em diversas situações, atuando tanto como apoio emocional quanto como parceira nas decisões. Sua presença traz respiros, permitindo observar o cotidiano em meio ao colapso, mas também serve de ponto de tensão quando surgem divergências, inseguranças ou riscos reais.

E temos a Abby — uma personagem que vai dividir opiniões e mudar os rumos da história. Sua entrada marca um ponto importante na história, interferindo diretamente nas decisões de outros personagens e no que poderemos entender como certo ou errado. Suas ações têm peso, e suas escolhas afetam o andamento da trama. Assim temos uma outra perspectiva e isso vai gerar desconforto, questionamentos e reflexões sobre tudo o que foi vivido até ali. Não dá pra dizer mais sem spoiler — mas o impacto dela é impossível de ignorar.
Um mundo mais perigoso e imprevisível

Se o apocalipse já parecia cruel na primeira temporada, agora ele se mostra ainda mais difícil de suportar. Os infectados continuam representando um perigo constante, surgindo de forma imprevisível e letal. Mas, com o tempo, fica claro que o maior risco pode não estar neles.
O verdadeiro terror surge das relações humanas — marcadas por desconfiança, escolhas extremas e pela forma como o passado molda o presente. Medos mal resolvidos, traumas acumulados e a busca por justiça ou vingança tornam as pessoas imprevisíveis. Em um mundo sem regras claras, cada decisão tem um preço, e o inimigo pode estar mais perto do que se imagina. A narrativa deixa isso evidente: sobreviver exige mais do que força física. É preciso lidar com a culpa, com a perda e com o que se está disposto a fazer para continuar vivo.
Novos tipos de infectados – ainda mais assustadores

Se você achava os Estaladores e os Baiacus assustadores, prepare-se. A segunda temporada deve apresentar novos estágios da infecção pelo Cordyceps, ampliando a ameaça que os infectados representam. Dessa vez, o perigo não está apenas na força bruta ou nos sons característicos que denunciam sua presença — alguns dos novos tipos são mais rápidos, mais agressivos e menos previsíveis.
O Cordyceps continuou evoluindo, moldando o mundo de maneira silenciosa e constante. Assim como os humanos aprenderam a sobreviver, o fungo também encontrou formas de se adaptar — e isso torna cada encontro mais tenso. A presença dessas mutações reforça uma ideia central da narrativa: o apocalipse não congelou o tempo. Tudo continua em movimento, inclusive o que ameaça a vida.
Narrativas mais corajosas e uma produção ainda mais ambiciosa

A série vai mergulhar em temas ainda mais profundos e delicados: identidade, luto, amor e o ciclo da violência. Esses assuntos não aparecem de forma forçada, mas são construídos aos poucos, a partir das escolhas dos personagens e das consequências que elas geram.
Questões como quem somos depois de uma grande perda, como lidamos com o que sentimos, e o que estamos dispostos a fazer em nome de quem amamos ganham espaço e força. Prepare-se para muita treta! A violência será um ponto central, mostrando como o desejo de vingança pode se transformar numa repetição difícil de quebrar.
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Com novas locações e um investimento maior em efeitos visuais, a segunda temporada de The Last of Us pretende levar a série a um novo nível. A produção quer manter o que já conquistou com os fãs — o cuidado com os detalhes, a ambientação precisa, o realismo —, mas também explorar caminhos próprios. Os criadores garantem respeito ao espírito do jogo, ao mesmo tempo em que buscam espaço para escolhas narrativas que tragam novidades, mesmo para quem já conhece a história de cor.
Se você curtiu a primeira temporada, prepare-se para uma montanha-russa emocional. E se você não jogou o game, ótimo: cada reviravolta vai chegar como uma surpresa!
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Raphaela Vieira
Precisei acidentalmente me refugiar na Terra, tenho uma leve dificuldade de me misturar entre os humanos, mas sempre fico fascinada em conhecer novos lugares. Pelo caminho adotei alguns gatos, viciei em Fortnite, desenvolvi um gosto musical bem duvidoso e uma ótima habilidade culinária. Até hoje não recebi a carta de Hogwarts, então me instalei temporariamente no Instituto Xavier.