
- por Dani Goldenberg
Se você acha que Rocky, o Musical é só uma desculpa para tocar Eye of the Tiger no teatro, pode esquecer! A produção entrega muito mais do que isso. Com um palco em formato de arena e um elenco afiadíssimo, a peça faz você se sentir na beira do ringue, vivendo a história de dentro dela. A simplicidade da produção deixa tudo nas mãos do elenco – e eles não decepcionam.
Daniel Haidar entrega um Rocky absurdamente carismático, equilibrando força e sensibilidade de um jeito que faz você torcer por ele desde o primeiro minuto. E ainda canta muito! Lola Fanucchi, como Adrian, rouba a cena com uma atuação delicada e cativante. Se ela batesse em mim, eu é que ia pedir desculpas. A química dela com Daniel é absurda, e cada cena dos dois foi construída com tanto carinho que dava pra sentir a torcida do público pelo casal.


Hector Marks também brilha como Apollo Creed, trazendo um carisma que faz você querer sair pra conversar com ele depois do espetáculo (mas ainda torci pelo Rocky, não teve jeito). Uma menção mais do que justa também para a Aline Cunha como Glória. Entregou absolutamente tudo. Se ela resolvesse cantar a lista de compras da casa dela, eu comprava pra ouvir.
Outro ponto alto da peça é o cuidado na interação com toda a arena. Durante as cenas de reportagem, por exemplo, a repórter se vira para diferentes lados, dando a sensação de que todos estão assistindo à TV. Até os beijos são coreografados para que todos possam ver, levando todos os setores em consideração!
As lutas são um show à parte, com coreografias que fazem parecer que estamos assistindo a um combate de verdade. Com treino de boxeadores e acompanhamento médico, o elenco não deixou a desejar.


A trilha sonora mistura clássicos do filme, como Gonna Fly Now e Eye of the Tiger, com músicas inéditas que aprofundam a história. E falando na trilha sonora, a orquestra foi um show à parte. Ai ai, quanta surra de talento. Os solos do Rocky e da Adrian são especialmente bonitos, e a cena no ringue de patinação foi uma das minhas favoritas. Quer um gostinho? Dá uma olhada no Instagram da produção pra conferir.
Se você nunca assistiu a um filme da franquia, não se preocupe – o musical funciona sozinho e ainda pode te fazer sair do teatro querendo maratonar todos os longas. O público amou, aplaudiu de pé, e teve gente comentando que a Adrian estava idêntica à dos filmes. Resumindo? Uma experiência imperdível!
No fim, Rocky, o Musical não é só sobre boxe. É sobre persistência, amor e superar desafios, e tudo isso de um jeito divertido, cativante e delicioso.
O espetáculo está em cartaz no Rooftop 033, em São Paulo, até o dia 18 de maio. Os ingressos variam entre R$ 21,18 e R$ 350 – e a experiência vale cada centavo. Se tiver a chance, não perca!
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