Good Girls conta o drama de três mães que precisam de dinheiro urgentemente e, com uma proposta maluca de roubar um mercado de bairro, elas acabam caindo na maior furada possível, desencadeando diversos problemas, mas tudo isso com uma pitada de humor.
Nada clichê
No início, eu esperava que elas roubassem o mercadinho e aquilo se tornasse um vício, fazendo elas desejarem cada vez mais dinheiro até roubar um banco nacional. Entretanto, o assalto delas foi mais do que suficiente para elas quitarem a dívida e, assim, Beth (Christina Hendricks), Ruby (Retta) e Annie (Mae Whitman) seguirem normalmente com suas vidas. Até descobrirem que o mercado era “protegido” pela gangue local e que elas estavam em dívida com o chefe, o Rio (Manny Montana), e para pagá-lo, elas devem fazer serviços ilegais. E toda vez que a gente espera uma coisa, acontece outra totalmente inesperada, então eu diria, nada clichê.
Desenvolvimento
Eu acho que um dos pontos altos da série é o desenvolvimento dos personagens e como eles são ricos em detalhes, por exemplo, a Beth. Sabemos que ela é perfeccionista, tem um alto conhecimento em gastronomia e é extremamente organizada. A gente vê isso nos mínimos detalhes, desde ela fazendo o lanche para seus filhos até arquitetando um assalto à mão armada. Já a irmã dela, a Annie, é praticamente o oposto. Constantemente no seriado, sua imprudência nos aflige, mas não quer dizer que ela não faz as coisas com um bem maior em mente. E por fim, e não menos importante, a Ruby. Ela é o equilíbrio do grupo; enquanto a Beth age mais pela razão e a Annie pela emoção, Ruby é o laço que une perfeitamente as ideias das duas, resultando no plano perfeito. Ou quase perfeito. Mas não são só as protagonistas que possuem essa complexidade toda. O chefe da máfia, a avó do chefe da Annie, o agente especial do FBI – todos eles possuem sua própria história, que de alguma forma se liga diretamente às protagonistas.
Extremamente viciante
São poucas as séries que te prendem desde o primeiro episódio, mas Good Girls tem essa proeza. Quando você começa a assistir, você até perde a noção do tempo. É uma série perigosíssima para assistir quando se tem algum trabalho pendente. Fora que você fica tão envolvido na trama, com aquela agonia de saber o que vai acontecer. O seriado sempre finaliza a temporada da forma mais dramática possível, então se prepare para segurar a ansiedade por um ano.
Personagens comuns
Quando assistimos a uma série que retrata a vida de algum criminoso, como Narcos ou La Casa de Papel, é comum pensar que o cotidiano dos bandidos é cheio de adrenalina e aventura. Mas não é bem assim. As mães têm uma vida dupla, claro, mas elas também têm seus perrengues, que nós, espectadores, também passamos. Desde fazer um jantar, suportar familiares chatos até consertar um freezer quebrado.
Crítica
Embora a série seja leve e sempre bem-humorada, não podemos deixar despercebida a crítica que ela faz. Criminosos não possuem rosto. Uma forma de demonstrar isso é a Beth, que, quando algum oficial da lei a questiona sobre atividades suspeitas, ela simplesmente rebate: “Eu sou o exemplo da sociedade, sou mãe de quatro filhos, como posso ser uma fora da lei?”. Ela usa o estereótipo de “Good Girl” a seu favor para escapar de algumas situações.
Leia também
Review | A menina e o dragão: Animação chinesa
Review | Os Fantasmas Ainda Se Divertem (Beetlejuice Beetlejuice)
Espero que eu tenha te convencido a assistir Good Girls, aproveite e comente aqui o que se deu certo e siga a gente no instagram
