Don’t Starve | Um jogo pra lá de sinistro

Don’t Starve | Um jogo pra lá de sinistro

Don’t Starve, ou como o nome já entrega, Não Morra de Fome, é um jogo que se destaca principalmente pelo seu design único. Muita gente acha que foi feito pelo Tim Burton por conta do visual meio macabro, mas não se engane, não é um jogo de terror. Na verdade, ele rende boas risadas e aquele estresse saudável. Desenvolvido pela Klei, Don’t Starve tem um irmão mais novo, o Don’t Starve Together, mas vamos focar no DS primeiro.

O primeiro personagem que a gente conhece é o Wilson. Ele é, basicamente, o cara mais comum que existe. Nada nele é super especial, tirando a sua barba magnífica, claro. Wilson é um cientista com problemas familiares que acaba sendo raptado pelo Maxwell – o vilão do jogo – e jogado em um mundo totalmente bizarro, com apenas uma dica:

“É melhor encontrar algo pra comer antes que anoiteça.”

O principal objetivo do jogo é manter o personagem vivo. Existem três coisas principais que você precisa cuidar: vida, fome e sanidade. A única que não te mata direto é a sanidade, mas, se ela ficar muito baixa, começam a aparecer uns monstros de pesadelo. Acho super interessante essa questão da sanidade no jogo, deixa ele mais realista. Afinal, o que a gente faria pra manter a mente sã, né? Pra quem já tem mais experiência no jogo, às vezes vale a pena ficar insano, pra conseguir nightmare fuel (ou combustível de pesadelo, como preferir), que serve pra fazer umas receitas mágicas. Mas, pra quem tá começando, é meio perigoso, porque não é tão fácil saber como recuperar a sanidade.

Foto/Reprodução: Don’t Starve Resource Pack 1.16.5, 1.15.2 – Texture Pack

Eu sempre comparo esse jogo com Minecraft, só que com um toque mais estiloso. Tem monstros, você precisa minerar, e ainda pode ter um pet! No caso do Don’t Starve, o pet é o Chester, um baú ambulante que te segue se você estiver com o osso-olho dele. Pra achar um Chester, precisa de sorte. O osso-olho aparece aleatoriamente no mapa e, quando você pega, o Chester surge do nada e começa a te seguir. Tem outros mascotes também, como o Glommer, um bichinho super simpático, mas com um barulho insuportável. Dá até vontade de matar ele, mas olha, se você preza pela sua vida, melhor não.

O jogo também tem seu lado sombrio, como, por exemplo, a noite que literalmente te mata. A gente chama essa “presença do mal” de Charlie. Antes de virar esse terror noturno, Charlie era assistente de palco do Maxwell, que, na época, era um mágico. Conforme as apresentações iam acontecendo, a loucura do Maxwell começou a crescer. Ele começou a balbuciar coisas sem sentido e fazer uns rabiscos bizarros, até que, em um show, os dois foram pegos por um livro maligno. Isso transformou Charlie no monstro da noite e prendeu Maxwell em um trono de pesadelos.

Na verdade, existem dois Maxwells: a versão NPC (que é o vilão) e a versão jogável, que você só desbloqueia ao completar o modo aventura. Esse modo é, basicamente, uma missão pra desafiar a inteligência do antagonista em uma sequência de cinco fases, cada uma mais traiçoeira que a outra. Conforme você avança, fica cada vez mais claro que Maxwell tá perdendo a paciência com você.

Leia também

Guitar Hero: Do auge à queda

Jogos online que fizeram parte da nossa infância

O modo aventura também é a chave para desbloquear um personagem novo: o Wes, que é conhecido como o pior personagem do jogo. Mas, pra quem gosta de se torturar, jogar com ele é um prato cheio. O Wes tem várias limitações: sua sanidade, fome e vida são todas extremamente baixas, então, tudo nele é no limite. Além disso, ele não fala nada, o que é um problema, especialmente com os hounds (ou “cães dos infernos”, como preferir). Normalmente, os personagens avisam quando os hounds estão chegando, mas o Wes, por ser mudo, não fala nada.

Desbloquear o Wes também é um desafio por si só. Na real, pode ser tão difícil quanto passar pelo modo aventura inteiro. Eu não vou dar spoilers sobre o final do modo história, mas vou dizer uma coisa: se você curte uma experiência de tortura no jogo, vale a pena encarar.

Foto/Reprodução: Don’t Starve, Klei. Foto https://www.techtudo.com.br/review/dont-starve-console-edition.ghtml

No total, o jogo tem 15 personagens, contando as DLCs e o Don’t Starve Together. Cada um deles, com exceção do Wilson, tem uma habilidade única e suas desvantagens. Cabe ao jogador descobrir com qual se encaixa melhor. Eu, particularmente, curto muito a Willow. Como ela é uma piromaníaca, é só tacar fogo nas coisas pra conseguir sobreviver ao inverno rigoroso. Mas, cuidado: deixá-la insana pode ser extremamente perigoso.

Agora, minha favorita pra jogar quando o objetivo é sobreviver o máximo de dias possível é a Wigfrid, uma valquíria que só come carne ou receitas com base de carne. No começo, isso é um baita problema, mas com experiência, você aprende a contornar bem a situação. Só precisa ficar atento ao Krampus, um monstro neutro que aparece quando o nível de maldade do jogador fica muito alto. Matar o Glommer, por exemplo, é considerado o auge da maldade e pode atrair o Krampus rapidinho.

Já jogou Don’t Starve? Comente aqui o achou e nos siga no instagram

Nathalia Souza

Artista, tradutora, animadora, programadora e ainda com formação em mecâtronica e marketing, sou uma menina que não sabe bem o que quer da vida. Emo de carteirinha, vivo indo em shows e eventos para aumentar minha coleção de memórias. Vivo no mundo da lua, e talvez seja por isso que me considero astronauta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao Topo