Review | Metal Forth – Opinião de quem acompanha Babymetal desde sempre

Review | Metal Forth – Opinião de quem acompanha Babymetal desde sempre

Hoje (08/08) estreou Metal Forth, o quinto álbum de estúdio do Babymetal. E aqui está minha humilde review. Sou musicista? Não. Tenho formação técnica em produção? Também não. Tenho algum conhecimento específico que possa agregar? Sim: sou fã de BABYMETAL há mais de 10 anos, e é com essa credencial que eu falo. Uma review completamente emocional e parcial.

Ordem de publicação, não de tracklist — porque é assim que faz mais sentido pra mim.

1. METALI (com Tom Morello)

Que pedrada! A primeira música com a Momometal oficializada e ainda com um solinho dela. Segue bem a linha de kabuki e do teatro noh, além de usar taiko (inclusive usaram em uma apresentação ao vivo no Legend 43).

Diferente de Megitsune, que também tem essa pegada tradicional, Metali eu senti que puxa mais para o gênero gagaku e Megitsune para o folclore. E claro, não posso deixar de comentar a presença do Tom Morello, que é fã de longa data das meninas e queria fazer uma música com elas — e tcharam, saiu Metali.

Foto/Reprodução: Babymetal e Takeshi Yao

Pra mim, o único defeito da música é não ter o “ARE YOU READY?” que a Momometal faz ao vivo. Na música de estúdio não tem. Fica só pra quem vê ao vivo mesmo.

2. RATATATA (com Electric Callboys)

Essa música foi esquisita na primeira vez que ouvi. Muita informação, clipe doido, os meninos do Electric Callboy rodando o peão, questionamentos do que é RATATATA? Eu gostei — demorou um pouquinho pra entender, chamo carinhosamente de Ratatouille. É uma música bem divertida e o clipe mais ainda hahahaha.

Foto/Reprodução: Babymetal x Electric Callboys

A Momometal tem um pequenino momento que faz gutural, lá pro final, quando fala: Everybody out of control. Mas Ratatata é uma música mais de ver do que ouvir. Não escuto muito no fone, mas é super divertida. Os meninos do Electric Callboy são malucos e eu tenho certeza que, se tivessem oportunidade, teriam usado as roupas das meninas também.

É o lead single do álbum, e por mais que não seja minha música favorita, faz total sentido ser: ela expressa bem o que é Babymetal — divertido, metal, gutural, fofura, dança, vale da estranheza.

3. From Me to U (com Poppy)

Antes de mais nada, gostaria de dizer que PREVI que esse feat ia acontecer com a Poppy!! No Knotfest, estava eu pleníssima esperando o show da Poppy quando vi uma movimentação estranha e, de relance, vi a equipe do Babymetal nos bastidores do show da Poppy. Por que estariam lá? Porque ia ter feat. Falei isso pros meus amigos no domingo, e na terça saiu o anúncio. Deveria ter apostado na quina, mas enfim…

Foto/Reprodução: Babymetal e Poppy

Não gostei muito da música nem do clipe. É legal ter essa pegada futurística e momentos meio “líderes de torcida” na música com a Moametal e a Momometal, mas é isso. É notável que o clipe foi feito EAD, porque a iluminação das meninas com a Poppy está bem diferente.

Não é uma música ruim — até porque não tenho autoridade pra afirmar qualidade — mas não entrou na minha playlist, e se ouvi 10x foi muito.

4. Song 3 (com Slaughter to Prevail)

Essa música eu também previ! No começo do ano, fiquei encucada com o Alex, do Slaughter to Prevail, por nenhum motivo, e em uma madrugada fui ver quem ele seguia no Instagram. Adivinha? Ele seguia o Kobametal, produtor do Babymetal.

✨✨ Porque ia ter feat ✨✨

Eles já tinham se conhecido nos bastidores de um festival, momento perfeito pra networking.

Foto/Reprodução: Babymetal e Slaughter to Prevail

Eu, EU, não gosto do vocal do Alex. Sinto que é muito limitado, só gutural extremamente profundo, e fiquei meio de cara feia. Mas quando ele anunciou que ia pro Japão gravar clipe, botei fé.

E fiquei encucada com o nome Song 3 — seria referência à falecida Song 4 do falecido Black Babymetal? Não teve relação direta, mas essa música foi basicamente um solo da Momometal fazendo quase todos os guturais e da Moametal cantando hahaha. A Su-metal foi figurante. Não que eu ache ruim — foi uma dinâmica legal, diferente, e um destaque pra Momometal mostrar seu talento.

A letra é meio pobrinha, né? “Parece Soy El Fuego que…” mas tudo bem! Tô doida pra ver ao vivo. Fiquei meio de cara feia pela participação do Slaughter, mas a banda deu o nome, mesmo que às vezes eu pule a parte do Alex.

5. Kon! Kon! (com Bloodywood)

Botei muita fé. Quem me conhece por 30 minutos sabe que gosto muito de música indiana e adoro Bloodywood. Não é a primeira música que as bandas fazem nessa linha, mas nossa… me decepcionou.

É a terceira música indiana que a banda faz — depois de Shanti Shanti (pedrada do Metal Galaxy) e Bekhauf (outra pedrada) — e agora temos Kon! Kon!. É. Não tem muito o que falar. É definitivamente uma música. Não odiei, só achei meio esquecível.

Foto/Reprodução: Babymetal e Bloodywood

Foi o último single antes do lançamento do Metal Forth e senti que foi meio largada. As outras tiveram mais marketing. Pra não dizer que fiquei apática: amei a dança! A Mikiko Mizuno (coreógrafa) trouxe muitos elementos da cultura indiana, mas é mais uma música de ver do que ouvir.

6. Sunset Kiss (com Polyphia)

Não foi lançamento oficial como single, mas elas tocaram no show da 02 Arena com os meninos do Polyphia — e que música gostosa! (Embora ao vivo seja muito melhor).

A sensação que tenho ao ouvir é de manteiga em temperatura ambiente a 25ºC: bem lisinha. Não há muito o que falar, só sentir hahaha. Eu amo Polyphia, são bem técnicos, e acho que vai ter mais uma música com eles no próximo álbum.

Foto/Reprodução: Babymetal e Polyphia

Pensem comigo: Metal Galaxy teve Brand New Day, agora temos Sunset Kiss. Só falta uma música pra noite… talvez uma vibe Night Burn! Burn!? Quem sabe?

7. My Queen (com Spiritbox)

Aqui tive certeza que aquela enxurrada de fotos com bandas e artistas ano passado foi tudo networking pra feats e parcerias pra esse álbum hahaha.

Quando saiu foto com Spiritbox já soltei a piadinha: “Já vai ter feat.” E não é que eu estava certa?

Foto/Reprodução: Babymetal e Spiritbox

A música e o clipe saíram hoje com o lançamento do álbum, e cumpriu minhas expectativas! Não é só a Courtney Laplante cantando um trechinho isolado, é realmente uma colaboração entre as duas bandas! O clipe é simples mas adorei a estética de xadrez, a dança é bem legal — enfim, não tenho o que dizer, só sentir. E o que sinto é felicidade. Obrigada Babymetal e Spiritbox.

8. KxAxWxAxIxI

Agora as três músicas do álbum sem participação.

Essa é esquisita. Não sei se gostei ou odiei. Está no vale da estranheza, mas o refrão é bem legal: “Watashi wa kawaii”.

Principalmente porque muita gente diz que a banda não é kawaii, aí Babymetal lança essa música. Moametal teve uma boa participação, ela já disse que gosta de rap.

Foto/Reprodução: Babymetal

Fiquei APAVORADA com essa música, porque é com o mesmo produtor de The End — que é polêmica e não gostou muito dela. Mas, essa música foi muito bem produzida! Tem muitos sons e camadas, e foi tudo harmonizado. Acho que é uma música de interlúdio e super funciona. Mesmo se for faixa normal, rola? Não sei.

Ah, Babymetal precisa parar de andar com o Bring Me The Horizon — eles são má influência pra nome de música. Já tivemos BxMxC, agora KxAxWxAxIxI. Qual será a próxima?

9. Algorism

QUE ISSO! QUE PEDRADA! Essa virou minha favorita. Babymetal estava escondendo ouro!

Ela me passa uma vibe de anime — o que não é ruim — mas sabemos que, quando dizem que Babymetal é banda de música de anime, geralmente não é elogio, e sim xenofobia com um “todo asiático é igual”.

Foto/Reprodução: Babymetal

Mas quando ouço, parece que estou vendo um anime de ação e aventura e os protagonistas estão no ápice. E a gutural da Momometal no breakdown foi a cereja do bolo.

10. White Flame — 白炎

Fechamos o álbum com chá de diamante, ouro, tudo de precioso.

Curiosidade legal: Su-metal participou como letrista da música. O quanto? Não sabemos. Se ela escreveu tudo ou só pontuação, jamais saberemos.

Foto/Reprodução: Babymetal

Mas sabemos que essa música powermetal é uma pedrada. Tem aquele gostinho de Stratovarius, bem épico com um quê de hardcore.

Espero que seja recorrente nas setlists e não vire uma The Tales of the Destinies, mas infelizmente tem esse teor. Parece insuportável de tocar, cantar e dançar. As porradas que o Barone (baterista) vai precisar dar… não tem braço que aguente. E ainda como última música? Ave Maria.

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Gostei do álbum, mas odiei a forma como foi divulgado. A gente ficou ansioso pelo lançamento de um álbum pra ouvir 4 músicas. Senti que teve excesso de participações. Não que as músicas sejam ruins (só porque eu não gostei não significa que são ruins), mas teve feats demais! Deu uma sensação de afogamento.Não consigo dizer que algum feat foi desnecessário, porque a participação de um artista vai além de só cantar — envolve composição, produção, direção criativa etc.

Mas é isso. Em geral, gostei do Metal Fortin e dale pro próximo álbum!

Gostou de Metal Forth? Conte aqui sua música favorita e siga a gente no instagram!

Nathalia Souza

Artista, tradutora, animadora, programadora e ainda com formação em mecâtronica e marketing, sou uma menina que não sabe bem o que quer da vida. Emo de carteirinha, vivo indo em shows e eventos para aumentar minha coleção de memórias. Vivo no mundo da lua, e talvez seja por isso que me considero astronauta.

One thought on “Review | Metal Forth – Opinião de quem acompanha Babymetal desde sempre

  1. como sempre, adoro a forma que você escreve e bota muito do seu jeito extrovertido e provocativo (risos). dito isso, concordo com muitos pontos, e foi uma analise bem consistente e que soube colocar na mesa, os pontos positivos e talvez, “negativos”, para mim foi um álbum com uma proposta diferente dos anteriores, e isso é muito bom, não se repetir ou ficar muito na “zona de conforto”, claro que, uma música ou outra, lembra algo que já ouvimos e identificamos as similaridades, cada uma tem sua personalidade e a marca da Babymetal, a escolha artística e, talvez do conceito, de ser um álbum com participações e colaboração (maior que nos outros álbuns), pode não agradar tanto e cansar e preferir só musicas próprias, mas é mais um álbum com suas particularidades e que almeja alcançar mais públicos fora da bolha, que alias, o plano de dominação Mundial da Babymetal, esta a cada ano e novos projetos, maior ainda, e penso que esse álbum, reflete isso, artistas convidados de além de estilos diferentes e também com suas marcas, são de países e culturas diferentes e que marcam bem isso na sua carreira e trabalhos, como a Babymetal vem fazendo há anos, minha “resposta” a sua analise é mais para pontuar e acrescentar o que foi dito, sendo assim, eu acho que o Metal Forth um álbum na sua proposta e suas músicas, um projeto bem consistente e que mantêm a boa e media de trabalhos anteriores, e como foi dito…

    “dale pro próximo álbum!”

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