5SOS em missao solo: Michael Clifford é o mestre do marketing na sidequest

5SOS em missao solo: Michael Clifford é o mestre do marketing na sidequest

Se você achava que a fase solo dos integrantes da 5 Seconds of Summer já havia mostrado tudo o que podia, pense novamente. Michael Clifford acaba de entrar no jogo com um projeto ousado e um marketing inteligente que promete atrair uma nova geração de fãs — não só para ele, mas o 5sos como um todo.

Neste post, revisitamos as trajetórias solo de Ashton Irwin, Luke Hemmings e Calum Hood, para então mergulhar na estratégia afiada de Michael e seu álbum de estreia, SIDEQUEST.

Ashton Irwin deu o primeiro passo

O pontapé inicial veio em 2020, quando Ashton Irwin, baterista e cofundador do 5SOS, lançou seu primeiro álbum solo, Superbloom. Fugindo do estilo pop punk da banda, Ashton apresentou um som mais introspectivo, misturando rock progressivo, pop psicodélico e letras intensamente pessoais.

Com influências de artistas como Nine Inch Nails, Muse e Pink Floyd, o álbum foi escrito e produzido por ele mesmo, com apoio de Matt Pauling. Canções como “Skinny Skinny”, “Have U Found What Ur Looking For” e “Greyhound” revelaram um lado vulnerável e profundo, marcando sua identidade artística.

Em 2024, Ashton lançou seu segundo álbum solo, Blood on the Drums, ainda mais ousado e conceitual. O projeto reforçou sua identidade artística como alguém que transforma experiências cruas em arte visceral. E mesmo com todo esse talento, o marketing foi leve, como se ele estivesse esperando encontrar, em meio aos fãs do 5SOS, quem se identificasse com ele.

Luke Hemmings veio como o indie cinematográfico

Em 2021 foi a vez de Luke Hemmings iniciar sua carreira solo com o álbum When Facing the Things We Turn Away From. Com uma abordagem madura e melancólica, Luke mostrou ao mundo seu lado intimista e sensível, marcada por composições sobre solidão, auto questionamento e transformação. Produzido em parceria com Sammy Witte (conhecido por trabalhos com Harry Styles), o álbum trouxe influências de Bon Iver, The 1975, Sigur Rós e trilhas sonoras cinematográficas.

Em 2024, Luke lançou seu segundo álbum solo, boy. Com produção assinada novamente por Sammy Witte e colaboração de compositores como Andrew Wells e sua esposa Sierra Deaton. E diferente do primeiro álbum, boy tem uma estética mais simbólica – tanto sonora quanto visualmente. Luke explora uma estética que mistura o romantismo melancólico dos anos 2000 com tons retrô-futuristas e uma fotografia que remete a sonhos lúcidos.

Luke construiu sua carreira solo mostrando um lado indie, meio “depressivo-chique” sem apostar em grandes campanhas comerciais, apenas utilizando a arte visual e conexão com os fãs. Seus vídeo clipes, teasers e fotos promocionais têm direção artística refinada, com uma linguagem cinematográfica transmitindo emoções profundas e imagens poéticas. O lançamento de boy foi acompanhado por uma série de postagens conceituais no Instagram, uma presença discreta, porém calculada, nas mídias. Apesar disso, ele foi notícia em muitas revistas renomadas, ajudando na divulgação do seu trabalho.

Calum Hood: o low profile que virou destaque

Este ano, Calum Hood, deu sinal de vida e fez deu um grande passo em sua carreira solo com o lançamento de seu primeiro projeto, ORDER chaos ORDER, oficialmente divulgado em junho através da Capitol Records / EMI Music.

O single de estreia, “Don’t Forget You Love Me”, lançado em abril, introduziu essa nova fase com uma balada synth‑pop melancólica, contando com produção do time britânico TMS e Jack LaFrantz. Como segundo single, “Call Me When You Know Better”, aparece como uma “carta de amor disfuncional em forma de desculpa”, combinando influências dos anos 80 com sintes e batidas viciantes.

Logo depois de soltar o primeiro single, Calum já mandou todo o álbum com as 10 faixas – nem esperou os fãs entenderem o que estava acontecendo, já que nosso querido é totalmente low profile e do nada dá as caras com essa bomb4. Tão bombástico que o álbum estreou em 1ª posição nas paradas da ARIA Albums Chart na Austrália.

Calum agora abandonou o estilo reservado e apostou em estratégias criativas. Os teasers e singles foram liberados com vídeos bem produzidos e diretores renomados, como Andy DeLuca. Ele também se apresentou em eventos intimistas como a Nova’s Red Room, em Sydney, dois dias antes do lançamento oficial, criando buzz e reforçando sua postura de “novo artista solo” com conteúdo exclusivo e acesso limitado.

Nosso querido baixista entrou na onda das redes sociais postando até sobre tarot no TikTok e criando um perfil de LinkedIn humorístico como “Content Creator / TikTok Tarot Card Reader”. O lançamento das mídias físicas incluiu vinis artísticos e cartas de tarot inspiradas nas músicas, criando uma forma autêntica de comunicação que humanizou sua imagem e engajou fãs – chamativo, mas ainda assim não tão viral.

MICHAEL CHEGOU DANDO AULA

Bom, enquanto os outros foram pra um caminho mais introspectivo e/ou artístico… Michael falou: “Não, eu quero é interação, trend, meme, fanbase hypando”. Ele abraçou totalmente a estética gamer, meio anos 2000 e reacendendo o pop punk. Sem forçar nada, na verdade, reforçando ainda mais o que sempre foi seu estilo, e isto está conquistando uma geração de fãs que vai muito além dos que acompanham o 5SOS há muitos anos.

O seu primeiro single solo foi “cool”, lançado em abril, trouxe de volta o pop punk que a gente tanto ama! Escrita juntamente com Calum Hood, “cool” mergulha na insegurança e na sensação de não se encaixar – pura nostalgia dos primeiros hits da 5SOS.

Logo depois tivemos o lançamento do single “give me a break” em parceria com o Waterparks. Com um videoclipe bem chamativo de estética dos anos 2000, eles trouxeram uma bela homenagem criativa e bem-humorada à cultura de fanfics e ao anime Death Note. No clipe, uma fã escreve uma fanfic onde Michael e Awsten Knight (vocalista do Waterparks) vivem situações dramáticas e cômicas, incluindo cenas em que Michael é “eliminado” de maneiras exageradas, refletindo o estilo do caderno mortal do anime. Michael chegou a comentar que o vídeo é uma homenagem aos fanfiqueiros de plantão que criam histórias sobre seus artistas favoritos.

Com isso temos o aquecimento para o seu primeiro álbum solo intitulado de “SIDEQUEST” que será lançado esta semana (25 de julho), pelo selo Hopeless Records. O nome já entrega a vibe: é tipo uma missão paralela, fora da história com o 5SOS. Além de Waterparks, o álbum também conta com as participações de Porter Robinson e Ryan Hall, os brabos da cena alternativa eletrônica.

Michael adotou uma abordagem de marketing digital moderna, usando redes sociais para mostrar bastidores, trocar ideias com os fãs e compartilhar momentos da vida pessoal ao lado da esposa, Crystal. O conteúdo é leve, divertido e espontâneo, conectando com um público mais jovem e engajado.Dois shows intimistas já foram anunciados para o fim do mês em Hollywood — um deles, com ingressos esgotados.

A diversidade de estilos e estratégias entre os membros mostra que o 5SOS está longe de acabar — na verdade, cada passo solo fortalece o coletivo. Michael redefiniu de uma forma divertida e criativa o que significa ser um artista solo na era digital, o impacto de SIDEQUEST pode ser crucial para ampliar o alcance da banda, trazendo novos olhares e reacendendo a paixão de antigos fãs.

E você, o que achou dessa nova fase? Conta pra gente nos comentários: qual carreira solo mais te surpreendeu até agora? E o que você espera de SIDEQUEST?

Continue acompanhando o blog e nossas redes sociais para mais atualizações sobre o 5 Seconds of Summer e suas jornadas individuais.

Raphaela Reis

Vim parar na Terra por um bug no sistema e sigo tentando parecer uma humana funcional (com certo sucesso, na maioria dos dias). Viciada em explorar novos cantos do planeta, adotar gatos que claramente me escolhem e usar o Fortnite como terapia alternativa. Meu gosto musical é um caos cuidadosamente selecionado e minha cozinha é quase um laboratório - com menos explosões, eu juro. Minha carta de Hogwarts nunca chegou, então me instalei no Instituto Xavier… mesmo que minha moral seja um pouco questionável (mas sempre carismática).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao Topo