Bienal do Livro Rio 2025 | Editoras geeks

Bienal do Livro Rio 2025 | Editoras geeks

A Bienal do Livro Rio 2025 começou em clima de superprodução — e não apenas pela multidão que encheu o Riocentro já no primeiro dia. A grande estrela deste ano é o Book Park, um espaço a céu aberto com roda-gigante, food trucks e gramado cheio de leitores. Mas para quem vive e respira cultura pop, ficção científica, fantasia sombria, tecnologia, dinossauros, robôs autônomos e universos distópicos, duas editoras dominaram a conversa: Darkside Books e Aleph.

As filas nos estandes confirmam: o mundo nerd está muito bem representado no cenário editorial brasileiro — e a Bienal é agora um espaço onde o leitor geek encontra mais do que livros. Ele encontra seus mundos — e submundos — para habitar.

Casa Dark: terror pop, lúdico e colecionável

A Darkside Books, conhecida por unir design, literatura de horror e cultura pop como ninguém, estreou seu primeiro estande próprio na Bienal com a monumental Casa Dark. A ambientação parece saída de um set de filme dirigido por Tim Burton com roteiro do Neil Gaiman:

  • Uma videolocadora dos anos 90 recriada com perfeição, incluindo pôsteres de clássicos do VHS que fez meu coração falhar as batidas de tanta nostalgia;
  • Um espaço visualmente deslumbrante de Alice no País das Maravilhas, com artes originais trazidas exclusivamente para o evento;
  • Um necrotério cenográfico que vai fazer os fãs gritarem — literalmente — e até mesmo um tarô literário, unindo misticismo e literatura.
Casa Dark - Darkside Books
Foto/Reprodução: editora Darkside Books

Além da experiência sensorial, a Darkside trouxe uma linha inédita de papelaria, com cadernos universitários de capa dura e design exclusivo da editora. A Casa Dark também trouxe livros de colorir para crianças, e lançamentos exclusivos para a Bienal. Tudo isso embalado por descontos progressivos e brindes cumulativos, que transformam o estande numa verdadeira quest nos corredores do inferno, com recompensas para fãs colecionadores.

Anabelle
Foto/Reprodução: editora Darkside Books

Aleph: robôs conscientes, dinossauros clássicos e sci-fi no coração

No mesmo pavilhão 4, a Editora Aleph faz o que só o sci-fi é capaz: reunir robôs assassinos, dinossauros e pensadores filosóficos da cultura nerd em um só lugar.

O box de Jurassic Park, de Michael Crichton, ganha destaque com um estande que simula a parede de um laboratório destruído — com a cabeça de um T-Rex surgindo em meio à vegetação, ao som ambiente da selva de Isla Nublar. Ao lado, QR Codes levam a conteúdo digital extra, incluindo curiosidades e bastidores da saga jurássica.

Foto/Reprodução: editora Aleph

Mas para mim, a real estrela do estande é a série Diário de um Robô Assassino, de Martha Wells. O primeiro volume, Alerta Vermelho, apresenta um robô de segurança que hackeia seu próprio sistema operacional para conquistar liberdade e… maratonar séries sozinho — aqui ele já conquista a gente! Já em Condição Artificial, o robô questiona sua origem, reconstrói sua identidade e se alia a uma nave consciente — tudo isso com reflexões sobre ética, memória e IA, dignas de Isaac Asimov ou Blade Runner. É impossível o coração geek não bater mais forte nessas páginas!

Foto/Reprodução: editora Aleph

Durante a Bienal, a compra dos dois volumes garante vouchers promocionais da Apple TV+, em referência à adaptação da obra, e um pin exclusivo (enquanto durarem os estoques). Há também uma roleta interativa com brindes e ações conduzidas por influenciadores. As compras na Aleph, além de concederem descontos cumulativos, também presenteia os fãs com eco bags e buttons, dependendo do valor total da compra.

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A Bienal virou parte do multiverso dos geeks leitores

A Darkside fala diretamente ao coração do gótico suave, do fã de horror estético, do colecionador de livros-arte. Já a Aleph é o farol da ficção científica no Brasil, publicando nomes como Asimov, Clarke, Le Guin, Scalzi, Brandon Sanderson e agora, Martha Wells.

Ambas não apenas vendem livros — evoluem o multiverso geek. Em um mundo onde a cultura nerd passou do nicho para o mainstream, as duas editoras acertaram em cheio no que o público quer, mais do que leitura, quer imersão, conexão e pertencimento.

Um lançamento para o infinito (e além)

Selfies entre livros, dinossauros, caveiras e robôs com crises existenciais e naves de papel, somos todos astronautas — viajantes interdimensionais de capa dura em mãos, de olhos brilhando de fascínio e coração de fã aquecido.

Agora é sua vez! Me conta aí se você curte os títulos da Aleph e da Darkside — e não deixe de acompanhar a nossa transmissão do evento lá pelo Instagram!

Miguel Felipe

Um geek, analista de sistemas, especialmente viciado em café, livros, tecnologia, histórias em quadrinhos, videogames e ficção científica. De cabelo bagunçado, sempre com fones nos ouvidos, um livro na cara, All Star nos pés e que passa o fim de semana estudando, assistindo alguma coisa na Netflix ou com um joystick nas mãos.

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