Bangers 2025: Muito mais que um festival de música

Bangers 2025: Muito mais que um festival de música

Entre os dias 2 e 4 de maio, no Memorial da América Latina, aconteceu a primeira edição do Bangers Open Air — sucessor direto do antigo Summer Breeze Brasil. E já posso adiantar: o festival fez jus à promessa de ser uma experiência completa para os fãs de rock e metal. Não se trata apenas de música, mas de um verdadeiro universo montado para quem vive essa cultura.

Com quatro palcos e shows acontecendo simultaneamente em três deles durante praticamente todo o dia, é humanamente impossível ver tudo. Isso já diz muito sobre a grandeza do evento. Além da parte musical, o Bangers 2025 se destacou pela variedade de atrações: estúdios de tatuagem, lojas alternativas de roupas, bancas de CDs e vinis, comidas de diferentes partes do mundo, degustação de hidromel e até um verdadeiro “shopping” de merchandising. É um festival para viver intensamente — e andar bastante também.

Foto/Reprodução: Bangers Open Air 2025.

No sábado, quem abriu os trabalhos no palco principal foi o Burning Witches, e já chegaram com os dois pés na porta. Mesmo com o sol escaldante de início da tarde, as meninas colocaram a energia lá no alto. O público respondeu na mesma intensidade e o clima já se estabeleceu como de festival grande.

O show do Powerwolf também me surpreendeu muito positivamente. Uma apresentação carregada de teatralidade, vocais poderosíssimos e uma performance impecável, mesmo com a ausência de um dos guitarristas da formação original. O substituto deu conta do recado e entregaram um show digno de co-headliner. É o tipo de banda que entende o palco como espetáculo — e isso fez toda a diferença.

Foto/Reprodução: Bangers Open Air 2025

Já o Avantasia foi a minha grande descoberta pessoal. Eu não conhecia (entreguei minha idade aqui), mas deixei para conhecer ao vivo — e que bom que fiz isso. O show foi épico, cheio de participações especiais e com uma vibe grandiosa do início ao fim. Destaque para o queridíssimo Tommy Karevik, vocalista do Kamelot, que apareceu por lá também. Aliás, ele foi praticamente onipresente no festival e, sem dúvidas, a pessoa que mais trabalhou durante o fim de semana, haha!

Falando em Kamelot, preciso dizer que foram, de longe, meu show favorito. No sábado, fizeram uma apresentação técnica e emocionante. No domingo, voltaram ao palco como substitutos do I Prevail (um dos cancelamentos de última hora), e não apenas repetiram o show — eles refizeram metade do setlist e entregaram uma nova apresentação.

Claro que nem tudo foi perfeito: senti o baque com os cancelamentos de I Prevail, We Came as Romans e Knocked Loose — três bandas que eu aguardava ansiosamente. Mas, como festivaleira já experiente, sei que imprevistos acontecem e não há como responsabilizar o festival por isso. Foi puro azar mesmo. A esperança agora é que eles estejam na próxima edição.

O show da Doro foi na sexta, no warm-up, e olha… que aquecimento, viu? Ela entregou tudo, com uma presença absurda no palco, super carismática, e ainda mandou um cover de Breaking the Law que fez todo mundo cantar junto. Uma honra ver a Metal Queen de perto logo no primeiro dia. Já no domingo, fui ver o Blind Guardian achando que ia encontrar um monte de barbudo cabeludo no palco — e não eram, hahaha! Mas isso não tirou em nada o peso e a qualidade do show. Foi épico, bem construído, cheio de momentos de cantar junto. Também vi o Pretty Maids, que seguraram bem a onda com aquele hard rock raiz, e o Hibria, que chegou com tudo e fez um show bem enérgico. Os alunos da School of Rock entregaram demais, sempre bom ver os novinhos com tanta presença no palco.

Um dos meus momentos favoritos foi com o Lacrimosa, banda que eu queria muito assistir — e consegui, com um show cheio de atmosfera, denso e hipnótico. Mas o ponto alto mesmo foi ter tido a chance de conhecê-los pessoalmente e pegar autógrafo, graças ao espaço Sign Sessions. Isso tudo de forma gratuita. Sinceramente, que outro festival no Brasil te dá essa chance de estar cara a cara com artistas do line-up sem pagar nada a mais por isso? São esses detalhes que mostram o cuidado e a experiência diferenciada que o Bangers entrega.

O que mais me impressionou no Bangers, além dos palcos, foi a atmosfera geral do festival. A proposta vai muito além da música: é um evento pensado para quem quer viver o universo do rock e do metal em todas as suas formas. Entre uma apresentação e outra, dava pra circular por uma verdadeira vila temática. E o melhor: é um ambiente seguro e acolhedor, com estrutura até para quem leva a família. Inclusive, tinha área kids com atividades para os pequenos, o que mostra o quanto o festival é inclusivo e bem planejado.

Em resumo, o Bangers 2025 entregou uma experiência completa, que vai além da música e se firma como um dos maiores festivais de metal do Brasil. Mesmo com alguns cancelamentos, a produção soube manter a qualidade e a energia lá no alto. Quem viveu, sabe: foram três dias intensos e inesquecíveis. E pra quem já está com saudade ou quer garantir a próxima edição, os blind tickets — ingressos vendidos antes do anúncio do line-up — já estão disponíveis. Se o próximo for tão bom quanto este (ou melhor!), vale cada centavo arriscar desde já. Nos vemos em 2026! 🤘

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Nathalia Souza

Artista, tradutora, animadora, programadora e ainda com formação em mecâtronica e marketing, sou uma menina que não sabe bem o que quer da vida. Emo de carteirinha, vivo indo em shows e eventos para aumentar minha coleção de memórias. Vivo no mundo da lua, e talvez seja por isso que me considero astronauta.

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