Como pessoa que viveu a adolescência nos anos 2000, eu não fui (de forma alguma) imune à influência do Top 10 MTV. E a Rapha (@raphaela-vieira) não me deixa mentir: todas as vezes que ela (ou qualquer um) me chamou pra ir no I Wanna Be Tour desde que o festival existe, a minha resposta foi sempre: “Eu só vou quando trouxerem Good Charlotte”.
Pois bem, paguei minha língua rapidinho. Mas antes do festival, vamos relembrar um pouco da história da banda?
Good Charlotte começou em 2000 com o álbum homônimo, trazendo uma estética adolescente e descontraída, típica do skate-punk e pop punk da época.
Em 2002, The Young and the Hopeless consolidou o visual preto, vermelho e branco, cabelos espetados e maquiagem carregada, tornando a banda ícone do emo mainstream da MTV.
Já The Chronicles of Life and Death (2004) trouxe uma virada mais sombria e conceitual, com encartes que pareciam livros antigos e uma atmosfera gótica. Esse é até hoje o meu favorito. Além da estética, ele vinha em duas edições diferentes – Life e Death -, cada uma com uma música bônus diferente, e as ilustrações são maravilhosas (foram todas feitas pelo Billy Martin, o guitarrista).
Em 2007, Good Morning Revival mergulhou na estética urbana e moderna, com preto e branco, toques de neon e influência eletrônica.
Cardiology, em 2010, foi mais simbólico e íntimo, girando em torno do coração, enquanto Youth Authority, em 2016, recuperou a nostalgia pop punk com colagens e cores vibrantes.
Em 2018, Generation Rx retomou o tom sombrio, minimalista e reflexivo, com capas frias fazendo referência à saúde mental.
Já em 2025 (sim, agora, esse mês, pertinho do show) Motel Du Cap surge com uma vibe mais cinematográfica, inspirado em road movies, neon noturno e a melancolia de hotéis de beira de estrada. A minha música favorita desse álbum novo foi GC Forever.
Em 2005, eles vieram pela primeira vez ao Brasil, no festival Claro que é Rock! Eu tinha 14 anos e não pude ir no show, mas vocês encontram vídeos e matérias por aí relatando que o show foi incrível e que, naquele festival, foi o que teve o maior (ou só o mais barulhento) público.
Um tempo depois, achei o The Chronicles of Life & Death, que era bem chatinho de achar e custava uma fortuna porque só tinha o importado, por 13 reais no sebo do lado da minha casa. A nível de comparação, nas lojas, ele custava R$118,00. Sim, eu lembro o preço, porque em 2005, a gente namorava os CDS nas lojas por MESES até poder comprar. Os mais jovens geração Spotify não entenderão. Eu tenho esse álbum até hoje. Tenho onde tocar CD? Não. Me importo? Também não.
Então esse ano, finalmente, vou curar a Dani de 14 anos que não viu o Good Charlotte (com 20 anos de atraso). E é bom eles tocarem as músicas velhas, porque se eu não puder gritar Predictable a plenos pulmões, a experiência não vai ser completa.
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Se eles seguirem as setlists recentes, a maior parte do The Chronicles of Life and Death ficou esquecida no churrasco, e vão rolar muitas (OITO!!!) músicas do The Young and the Hopeless. Dito isso, eles me fizeram o favor de manter Predictable no setlist (por favor, era o mínimo).
O setlist do I Wanna Be Tour que aconteceu dia 23 em Curitiba foi esse aqui:
- The Anthem
- Girls & Boys
- Riot Girl
- Keep Your Hands Off My Girl
- Predictable
- The Story of My Old Man
- The Motivation Proclamation
- Hold On
- I Don’t Work Here Anymore
- Wondering
- Life Changes
- The Young and the Hopeless
- Stepper
- Little Things
- Rejects
- The River
- I Don’t Wanna Be in Love (Dance Floor Anthem)
- I Just Wanna Live
- Lifestyles of the Rich & Famous
O I Wanna Be Tour tem tudo pra ser o evento mais nostálgico do ano, reunindo nomes que marcaram uma geração e tooooda uma estética, moda & estilo de vida. Agora falta pouquinho, mas ainda dá tempo de garantir o seu ingresso pelo site da Eventim.
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