- por Gabriele Miranda
Seja você nintendista ou não, já deve ter ouvido falar de algum jogo da franquia de Zeldinha. Dentre seus diversos lançamentos no decorrer das décadas, possui um título que se destacou nos anos 2000. Estamos falando de “The Legend of Zelda: Majora’s Mask” de N64. Sequencia direta de “Ocarina Of Time“, apresenta uma temática mais sombria. Principalmente pelo visual de diversas máscaras, que ditam toda a jogabilidade do game. O sucesso foi tão grande, que ganhou um remake para o 3DS em 2015.
Porém, muitos fãs brasileiros notam uma semelhança no visual dessas máscaras com a estética de uma tribo brasileira. Isso levou á criação de diversas teorias, mas antes, vamos falar um pouco do jogo em si.
“Você teve um destino terrível, não é?”
Lançado em outubro de 2000 no Brasil, possuía o mesmo visual gráfico e funcionalidades do jogo anterior. A história se passava após o final de Ocarina Of Time. Depois de derrotar Ganondorf e salvar Hyrule, Zelda envia Link de volta para sua infância. Ela usa a Ocarina do Tempo para isso.
O garoto procura pela fada Navi, na floresta Lost Wood. Porém, acaba caindo numa emboscada de Skull Kid e suas duas fadas irmãs, Tatl e Tael. Skull Kid é uma estranha criatura usando uma máscara bizarra. Eles pegam sua Ocarina do Tempo e fogem.
Link corre atrás dele, mas no meio do caminho, Skull Kid o amaldiçoa e o transforma num ser chamado Deku Scrub. Se afastando com uma gargalhada maligna, deixa Tatl para trás, que passa a acompanhar Link. Ele segue uma rota alternativa e encontra O Vendedor de Máscaras de Hyrule, que diz que o garoto encontrou um terrível destino e pede para Link recuperar sua máscara roubada. Em troca, o ajudará a voltar ao normal.
Link sai por uma porta e percebe que está na cidade de Clock Town, no universo alternativo de Términa. Depois de explorar o local, encontra Skull Kid no topo da Torre do Relógio, observando uma enorme Lua caindo. Porém a passagem da torre só abrirá depois de três dias.
O tempo passa e Link tenta enfrentar Skull Kid, mas não consegue fazer muita coisa como Deku Scrub. O garoto atinge seu inimigo e recupera sua Ocarina. Então, se lembra da Canção do Tempo, que Zelda tocou para ele voltar à sua infância. Ele a toca e retorna ao primeiro dia. Em seguida fala para O Vendedor que encontrou Skull Kid.
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O Vendedor toca então a melancólica Canção da Cura, que o faz voltar ao normal e transforma Deku Scrub numa máscara, que ele pode usar quando quiser a partir de então. Ele pede a máscara roubada para Link, que ainda não está com ela, então ele conta a história da Máscara de Majora.
A Lenda da Máscara de Majora
A lenda diz que uma tribo a usava em alguns rituais amaldiçoados. A máscara mantia um mal que encarnava em quem a usava, dando poderes incriveis ao seu usuário. Poder suficiente para destruir o mundo. Era muito perigoso ter a máscara de majora por perto, então ela foi selada nas sombras.
Mas a tribo desapareceu e ninguém sabe o que houve com eles e qual era o real propósito daquela máscara. O Vendedor se encantou por essa história e procurou pela máscara de majora por muito tempo, até sentir o seu grande mal. Por isso a mantinha por perto para que não caísse em mãos erradas, mas ela foi roubada por Skull Kid. E se Link não a recuperasse, algo terrível poderia acontecer. Assim, Link precisava salvar o mundo.
Conexão entre Majora’s Mask e o Brasil
Durante um tempo, diversos fãs brasileiros teorizavam que o visual da Máscara de Majora pudesse ter sido inspirado na tribo brasileira Marajoara, que habitava a Ilha de Marajó, próxima a Belém do Pará, entre os anos 400 e 1400.
Alguns apontam a simetria da máscara de Majora e fazem uma analogia com as pinturas faciais da tribo de Marajoara em seus rituais de guerra. Também tem uma máscara criada pela música Elegy of Emptiness, que possui um sorriso bem parecido com algumas máscaras marajoaras.
Além disso, alguns elementos do cenário do jogo lembram bastante alguns lugares do continente americano, como o Woodfall Temple, aparenta um templo asteca.
Porém, o ex-diretor de arte da Nintendo, Takaya Imamira, que também participou das franquias Star Fox e F-Zero, fez essa teoria cair por terra. Ele foi responsável por desenhar a máscara do game e em uma recente entrevista para a Gaming Boulevard, não atribuiu seu desenvolvimento a uma tribo brasileira.
Segundo ele, o design da máscara foi resultado do estudo da estética tribal asiática. Mesmo assim, muitos ainda acreditam que a tribo ainda sim tenha influenciado a temática do jogo, já que Takaya falou apenas da máscara.
Várias pessoas também apontam para a semelhança do nome, mas em japonês, o nome Majora é Mujara, o que também quebra algumas conexões feitas por fãs.
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Gabriele Miranda
Audiovizueira pela FAPCOM, adquiri habilidade de fazer bonecos se mexerem pelo Senac Lapa Scipião. Multi-instrumentista e guitarrista na banda Antena Loka, sou pan, vegana e gateira. No tempo livre, estou jogando em algum emulador, andando de patins ou criticando o capitalismo. Talvez eu encontre algum planeta onde me sinta melhor.