
- por Gabriele Miranda
Imagine um mundo onde tudo é perfeito, todos se encaixam e alcançam seus sonhos, menos você. No filme Colorful Stage! O Filme: Uma Miku Que Não Sabe Cantar, somos levados a diferentes “sekais“, lugares cheios de magia e músicas. Cada um com um grupo de personagens diversos, que se apoiam e lidam com desafios juntos. Nesses lugares temos os Vocaloids com vários estilos: lollita, street e até circus.
Dirigido por Hiroyuki Hata e distribuído pela Cinecolor, a obra foi inspirada no jogo mobile Hatsune Miku: Colorful Stage!. Na animação, conhecemos Ichika, uma estudante do ensino médio e uma musicista muito talentosa. Ela navega pelo Sekai com seus amigos, expressando suas emoções atraves da músical.

De repente, eles começam a receber a visita de uma Miku diferente, sozinha, e que carrega consigo uma melancolia tanto no seu visual quanto na sua essência. Ela pede ajuda para poder tocar a emoção das pessoas desamparadas com o seu canto. Sempre que ela tenta fazer isso é reconhecida como um glitch, algo que irrita ainda mais as pessoas, o exato oposto do que ela deseja.
Todos se solidarizam com ela, tentam ensinar o que ela precisa fazer para ser ouvida. Ela tenta por muitas vezes, mas o peso de não conseguir alcançar seu objetivo somado com toda a energia de frustração que aquelas pessoas estão carregando, leva a um terrível destino.
Uma análise mais reflexiva
Quero falar um pouco da parte técnica da animação não apenas como crítica, mas como fã. É difícil descrever em palavras toda a euforia que esse filme traz. Além de toda a ternura, mescla de estilos 2D e 3D e uma narrativa bem amarradinha, é muito legal ver a Miku tendo uma vida, conflitos, interações, assim como Luka, Rin e Len, Meiko e Kaito.

As transições entre o que seria o “mundo real” e os “sekais” me lembraram um pouco da dinâmica que acontece em Puella Magi Madoka Magica, com o cenário mais etério, como se fosse um sonho e que muda de acordo com os acontecimentos.
Como alguém que acompanha a diva desde os 8 anos e que tem ela como inspiração artística, posso dizer que me identifiquei com mais um ponto da personalidade dela apresentado nesse filme: a empatia.
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Pensei em quantas vezes eu quis ajudar meus amigos, mas sem saber como. Quantas vezes me colocar no lugar deles também me paraslisou de dor. E como eu tive ajuda para me reerguer, me reiventar e finalmente conseguir falar, ou no caso dela, cantar.
O filme é só para fã?
Apesar do longa ser uma experiência acalentadora pra todo mundo que é fã de vocaloid, também vão curtir aqueles que apreciam a cultura japonesa num geral e também não conseguem ficar sem uma música no fone de ouvido. Toda a experiência vale a pena (inclusive após os créditos!!).
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Gabriele Miranda
Audiovizueira pela FAPCOM, adquiri habilidade de fazer bonecos se mexerem pelo Senac Lapa Scipião. Multi-instrumentista e guitarrista na banda Antena Loka, sou pan, vegana e gateira. No tempo livre, estou jogando em algum emulador, andando de patins ou criticando o capitalismo. Talvez eu encontre algum planeta onde me sinta melhor.