Review | Make a Girl: novo anime 3D de sci-fi

Review | Make a Girl: novo anime 3D de sci-fi

Relações são complicadas. Ainda mais quando são criadas em laboratório. Distribuído pela Sato Company e com estreia para o dia 13 de novembro no Brasil.

Make a Girl é o longa metragem de estreia de Gensho Yasuda. Ele é resultado de um financiamento coletivo, no final de 2022. O crowdfunding foi um sucesso e arrecadou bem mais do que a meta. A obra acompanha a vida de Akira Mizutame, um jovem prodígio, filho de uma inventora renomada. Akira havia criado as SALTs, robôs assistentes e de suporte que eram usadas por todo o Japão. Apesar de todo apoio dos amigos, ele não conseguia avançar em suas pesquisas.

Foto/Reprodução: Make a Girl | Xenotoon (2025)

Seu amigo mais próximo da escola diz que começou a namorar e que isso o fez ficar mais forte. Akira então entende que se tiver uma namorada, ele será um pesquisador melhor, e cria ZERO. A android é muito parecida como uma garota comum e muito esperta, mas com pouca habilidades sociais. Seus amigos ajudam ela a se desenvolver: além da escola, ela observa o dia a dia de outras pessoas e trabalha em um restaurante.

Foto/Reprodução: Make a Girl | Xenotoon (2025)

Ela se desenvolvia muito bem e quando os dois passavam o tempo juntos, sentiam-se em paz. Mas ainda tinham dúvidas. ZERO questionava-se se o que sentia era genuíno, mas experienciava várias emoções que ela concluía que era amor verdadeiro.

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Akira não havia se tornado um pesquisador melhor, logo o namoro não estava ajudando em nada. Os dois acabam discutindo e ZERO sente um impulso de auto destruição. Esse mecanismo está presente em todas as criações de Akira e sua mãe, quando os robôs se voltam contra o criador.

Foto/Reprodução: Make a Girl | Xenotoon (2025)

Minha leitura da história

Em determinado momento, Akira entra em um estado de lembrança, reflexão e sonho, onde ele encontra sua mãe antes dela o entrega-lo para a adoção. Ela havia deixado um chip com vários dados que até aquele instante ele havia interpretado como a pesquisa que ele deveria continuar, mas ele diz que acabou criando uma garota. Ela diz a ele que aquela garota era o que ela mais queria ter feito para ele, pois ela não queria que ele crescesse sozinho.

Foto/Reprodução: Make a Girl | Xenotoon (2025)

A minha interpretação sobre tudo isso, é que tanto Akira quanto ZERO são androides que a mãe dele criou, portanto toda a ligação que sentiam era amor de irmãos. Akira sentia falta de uma família, e Zero queria ama-lo, porque foi para isso que foram criados, para viverem juntos. Dá pra perceber como Akira é um android em vários momentos onde os olhos dele brilham como o de ZERO, além de seu braço mecânico.

Todas as dúvidas que eles compartilham de como o mundo e as pessoas funcionam, é bem típico de personagens não humanos (ou seriam alegorias para o TEA?)

Anime em 3D… Hmmmm…

Eu sei que muitas pessoas tem um apego com animação 2D, principalmente as japonesas, que sempre foram muito bem trabalhadas nesse quesito. Mas acho justo dar chance para obras que usam mais do 3D, principalmente as que usam bem.

No caso de Make a Girl, eu senti as movimentações com pouca fluidez e pouca expressão no começo do filme. Seria uma questão de costume? Nunca saberemos, mas parecia que eu estava assistindo o CGI de um jogo de PS2 (não é uma crítica ruim, apenas um comentário mais estético).

Tem uma sequência onde Akira está perseguindo um carro que sequestrou ZERO, e para mim esse foi o ápice da animação: em todos os sentidos. Meu potinho de pipoca teria ficado asfixiado se ele respirasse de tanto que eu apertei ele nessa parte.

Vale a pena?

Indico o filme para todo mundo que gosta de ficção científica, pois ele explora bastante esse lado mais sci-fi, principalmente na cena da perseguição. Para quem gosta de anime e é mais saudosista, dá uma chance, você não vai arrepender. Se por um acaso você assistiu Acompanhante Perfeita e gostou, vai gostar desse também.

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Gabriele Miranda

Audiovizueira pela FAPCOM, adquiri habilidade de fazer bonecos se mexerem pelo Senac Lapa Scipião. Multi-instrumentista e guitarrista na banda Antena Loka, sou pan, vegana e gateira. No tempo livre, estou jogando em algum emulador, andando de patins ou criticando o capitalismo. Talvez eu encontre algum planeta onde me sinta melhor.

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